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sábado, 2 de janeiro de 2010
2010...
Tarde de chuva num café... Confortável, musica ambiente, a empregada traz uma meia de leite, a melhor meia de leite do mundo, pelo menos até à data...

Estou com o meu portátil a fazer uma mini sessão enquanto espero por um amigo. Um regular decide pagar praticamente o meu portátil novo com a mão que dizem que tem as 2 cartas que são sempre necessárias para haver uma sequência, 105o ...

http://weaktight.com/1850816

Uma das primeiras mãos do ano, entre uns milhares que jogarei, certamente.

Eu agradeço, paro... e penso...

... vou escrever no meu blog, algo que gosto de fazer mas que percebo hoje que é algo que o meu interior manda fazer de tempos a tempos e não algo que me tenha necessariamente que me impor.

Por esta altura todos nós olhamos para 2009 e pensamos em 2010... de forma introspectiva...

E penso...

Na realidade apetece-me escrever mas não me apetece escrever muito sobre poker.
Mas como sei que é essa a missão deste blog, vou tentar ordenar à minha mente para escrever algo sobre poker.

Ao olhar para 2009 sinto que não foi um ano "running like the gods" definitivamente...


A nível de torneios ao vivo este ano fiz 7 vezes ITM o que é aceitável/razoável mas, sendo o maior cash de 3.6k, está bastante longe das minhas expectativas e capacidades, penso...
Não me apetece sequer entrar nas profundezas dessa análise, mas na realidade sinto que foi um ano onde a sorte não me acompanhou.
Não querendo desculpar-me só com os suckouts e afins, consigo admitir que sou alguém que se deixa influenciar bastante por factores externos criando interligações entre vida pessoal e profissional que fazem com que uma afecte a outra. E a esse nível houve definitivamente alguma influência. Algo a corrigir certamente, e que melhor altura do que esta para o fazer.

http://oversleeppoker.blogspot.com/2007/06/live-results.html#comments


A nível de jogo em si nos torneios ao vivo acho que há uma falha que pretendo dialogar com algumas das pessoas a quem dou muita importância a nível de "falar poker".
Sinto que tenho um gap bastante grande de agressividade e looseness entre a fase inicial/final de torneios e a fase intermédia.
Nas fases iniciais e finais penso que jogo bastante agressivo a tentar explorar a protecção que a maioria dos jogadores faz nestas 2 fases das suas stacks. Na fase inicial as pessoas tendem a "não perder a cabeça com um par" (e é uma boa linha de pensamento regra geral) e jogam com muito cuidado antes de colocar 30% ou mais da stack in... Eu não! Para além disso consigo explorar isso razoavelmente bem.
Na fase final jogam com muito cuidado pelos factores bubble, subir no $, chegar à FT etc... por isso nestas duas fases estou contente com a minha abordagem já que sinto que consigo explorar bastante bem a "abordagem oposta".
Penso é que, em fases intermédias (associado a algum cold deck, nomeadamente nos últimos torneios do ano) que tenho ficado talvez algo conservador demais e protector da minha stack... e tenho que estudar um bocadinho uma alteração desta abordagem. Se calhar não virar as costas a alguns spots com maior variância quando a stack ronda as 15 a 25 bb's é uma possível solução. Sinto que nesta fase tem faltado alguma sorte de encaixar algo razoável para potes de 50+ bb's, premium hands pagas etc...
Mas mesmo assim, tenho a necessidade de arranjar soluções alternativas para esta fase onde repito, não me está a agradar a abordagem conservadora que estou a ter.


Online foi um ano bom e não digo muito bom porque tive pela 1ra vez desde que jogo poker uma swing negativa. Durou cerca de um mês e meio/2 meses e foi se calhar a experiência mais enriquecedora do ano.
Perder? experiência enriquecedora? Sim!

Eu jogo poker há 3 anos e meio e não sabia o que era perder, pelo menos mais do que uns dias, o normal de qualquer jogador. Acho que é muito bom ter a noção que sempre fui um jogador ganhador e só agora passado tanto tempo passei por uma experiência negativa, mas sinceramente acho que precisava de passar por essa experiência.
Se me perguntarem qual foi o período onde senti que evoluí mais como jogador eu direi que foram 2 momentos:
. O primeiro quando percebi que este jogo não é um jogo de cartas mas sim um jogo de pessoas;
. O segundo foi nesta primeira swing que tive, isto é, quando perdi!

Passar por esta experiência, perceber que há alturas (semanas... já que dias, horas é algo corrente) onde não conseguimos controlar os resultados por muito que joguemos sem falhas, sem erros ou A-game.
Passar por aquelas sequências onde perdemos na mesma sessão 2 vezes com AA crackados pré-flop ou onde o nosso trio perde para o runner runner flush... perder 3 vezes (2 contra o mesmo jogador) numa sessão com AK vs AQ allin pré-flop ... Juntar os draws que não batem contra os draws adversários que batem sempre... e acontecer isto durante 1 mes e tal... é osso duro de roer.
Passar pela experiência onde parece que tudo o que tem para correr mal... corre...
E, passado 2 meses olhar para trás e pensar... "Uau, que foi isto?" e sentir, fui disciplinado, não perdi tudo, desci para NL500, recuperei e estou de novo em NL1000, venci uma batalha com uma força mental que me orgulho e que me fez pensar que, se não fui derrotado aqui, nunca serei!
Percebi que ter a felicidade de passar tanto tempo sem perder é algo muito bom e, só passado 3 anos é que passo pela primeira experiência má a nível de resultados online, é motivador.
Repito: Aprendi, perdendo... e evolui.
E digo mais, ainda bem que perdi, porque isto que evolui nunca o conseguiria fazer sem ter passado por este contexto.

O "galo" persegui-me em mais coisas da minha vida pessoal e sei lá, no fim do ano consegui que os meus dois computadores me virassem as costas e ambos se estragassem. Teimavam em não funcionar e passei umas 3 semanas a jogar pouco ou nada.
Acabei por desistir da luta (algo que raramente faço... mal se calhar, por vezes é preciso saber dizer "não dá mais!") e comprar um portátil novo.
Resolução de 1920x1080 é um privilégio num portátil com menos de 17'' e tenho condições para jogar até 9 mesas no portátil sem grandes maluqueiras de sobreposições e afins. Nice.


Mas porquê pensar em coisas más? porque pensar coisas negativas?

Na realidade eu tenho muita sorte...

Tenho o privilégio de fazer algo que gosto imenso, de ter capacidades, perícia e vontade/capacidade para crescer ainda mais num jogo de cartas e fichas que me continua a fascinar.
Um pequeno mundo que me deu tanto mas tanto... e não, não estou a falar das fichas ou do $ ganho.
Há tanto hoje em dia que o poker me deu que não conseguiria passar já sem isso.
O Poker deu-me amigos... deu-me pessoas sem as quais não consigo passar...
Deu-me pessoas que confiam em mim e em quem confio, deu-me pessoas que me confidenciam as suas vidas em busca de apoio e no qual faço o mesmo, deu-me amigos daqueles que podemos ligar às 4 da manhã a dizer "preciso de falar" e que não vão dizer não. Deu-me amigos que ligam às 6 da tarde ao sair do trabalho... só porque sim, sem grande coisa para dizer... mas porque sim... deu-me pessoas com quem me sinto confortável a falar e a ter por perto... e, mais, felizmente... esse grupo é bem grande, já tão grande que me faz por vezes pensar "quem me dera ter tempo para estar com todos".


Mas poker... poker é só uma parte da minha vida...
Nos últimos tempos voltei a ler, algo que não fazia regularmente há já algum tempo. Em menos de 2 meses vou já no quarto livro:
Dan Brown - Lost Symbol, Dan Brown português (José Rodrigues dos Santos) - Fúria Divina e Sétimo Selo e Miguel Sousa Tavares - No teu Deserto.
Este último livro foi talvez o que me disse mais... foi a minha primeira "oportunidade" dada ao Miguel Sousa Tavares, personalidade que não gosto pela sua arrogância mas que, abstraindo-me disso me conseguiu transmitir algo num pequeno conjunto de páginas como já ninguém fazia há bastante. O desprezo que tinha pela personalidade arrogante conseguiu ser superado pela admiração que passei a ter pelo escritor... e pelo transmissor de sentimentos e sensações.
De facto e tendo a noção que ler um livro de alguém não é condição suficiente para avaliação de um perfil abrangente e completo, mesmo tendo essa noção, arrisco-me a dizer que ele é mesmo muito bom.
Este livro conseguiu transmitir-me muito do que me passa pela cabeça nos últimos tempos e tenho vindo a enunciar em algumas partes da minha vida...
O já não poder voltar atrás, as palavras que ficaram por ser ditas já não podem voltar a sê-lo, os momentos que queriam ser recuperados mas não podem ser... resumindo, o irreversível... e o irreversível é uma das coisas mais terroríficas que conheço.

Sinto que estou numa fase onde tenho os sentidos todos mais apurados e tendo a absorver mais informação nas pequenas coisas e a ir fundo na percepção das obras de arte... dos pormenores, dos detalhes, dos sentimentos, dos gestos... das sensações.

Costumo gostar de coisas alternativas, complicadas, pouco directas, pouco fáceis, pouco banais, com conteúdo, com informação que só as mentes atentas conseguem captar... a música é um exemplo...

mas nestes últimos tempos parece que preciso de calma, de algo menos complicado... e músicas que outrora me diriam pouco ou nada pelo conteúdo "comercial"/MTV style e "é para vender umas carradas de cópias para as massas" ... agora estão na minha "playlist" a tentar acalmar a minha mente... e "deixo" que me digam algo.

Um exemplo...




Eu que considero isto ...





ou isto...



... como duas das músicas mais perfeitas jamais feitas por aquele que para mim é o conjunto de músicos mais evoluídos que conheço.
Algo diferente certo? Na realidade, tecnicamente falando, a primeira música é algo tipo uma "bicicleta" e as restantes duas "naves espaciais"... mas neste momento a simplicidade da bicicleta fala-me tão alto quanto a complexidade perfeita da obra de arte que é a nave espacial.


Mas a perfeição é um conceito relativo... Isto (Comptine d'un autre été - yann tiersen) também é perfeito...





ou isto... vejam só esta versão de Hallelujah (Leonard Cohen), mais uma aliás entre muitas, sendo que a minha preferida é a de Jeff Buckley... mas ouçam só esta versão cantada por 4 vencedores do concurso Idolos. Especial atenção ao 4º cantor (minuto 2.04)... não estavam à espera desta voz certo?

http://www.youtube.com/watch?v=T2NEU6Xf7lM




Entrei nos últimos dias, de novo, passado muito tempo, num hospital... visitar alguém importante para mim... e nesse momento eu percebi, de novo, a diferença entre o valor absoluto e relativo das coisas, de todas as coisas.
1000$? mais 1000$? mais 1000$ mais 1000$ mais 1000$... que importância têm esses AA para alterar o que se passa dentro deste hospital? Nenhuma... nenhuma mesmo.
A vida é tão mais do que um jogo de cartas...


Eu sou daqueles que ficam contentes com os êxitos "alheios"... espero que abundem em todos vocês...
Desejo um óptimo ano para todos pessoalmente e a nível deste jogo das cartas e das fichas que todos gostamos. Em especial aos amigos, os verdadeiros, aqueles que vão ler isto e vão dizer, com um sorriso "Eu faço parte deste grupo!"...




Quanto a mim... estou neste café... com esta meia de leite a escrever um post neste blog e, hoje, agora, neste momento, obrigo-me a pensar: Eu tenho a maior sorte do mundo.


Feliz 2010, Beijos & Abraços.

Over & out...


P.S.: E as Trident Senses de Melância vão dominar o mundo...
 
posted by oversleep at 15:24 | Permalink | 19 comments