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sábado, 16 de junho de 2007
Solverde Season Etapa #6
Decorreu este fim de semana mais um torneio em espinho, o sexto da época Solverde Season.
A postura com que encaro estes torneios da Solverde season é uma junção de dois factores:
1º - A postura/atitude que me rege em todos os torneios em que participo, colocando sempre uma única fasquia, ganhar.
2º - A noção que estes torneios, por força das circunstâncias, tem por base uma estrutura onde a partir de determinada altura o factor sorte ganha alguma importância relativamente ao factor skill. A estrutura é turbo, é inegável, mas nada a apontar à organização que nestes moldes, nada mais pode fazer, penso que actualmente só devemos estar agradecidos por nos ser dada a oportunidade de jogar torneios live em portugal, turbo ou não. Eu não gosto de turbos, tal como penso que todos os jogadores que gostam de "true poker" pensam. Aliás nunca joguei o "super turbo" de domingo... nem vou jogar.

Logo, conjugando esses dois factores, analiso as minhas prestações baseadas na análise posterior que faço do meu jogo, o meu "replay mental" das jogadas chave, e se, depois, a frio, existe(m) alguma(s) jogada(s) que eu jogaria diferente. E se chegando a esta fase, analiso que não alteraria nada, ou alteraria muito pouco fico igualmente contente com as boas como com as más classificações.

Após essa análise à posteriori que fiz, estou deveras contente com a minha prestação.

Fiquei neste torneio classificado a meio da tabela, penso que entre o 80º e 100º lugar.

Sinto que, e pela forma como fui eliminado (irão perceber isso), devemos ficar de consciência tranquila quando sentimos que tomamos todas as decisões correctas.

A nível de mãos importantes realço um ou dois bons folds (sim o "botão" fold é muito importante... :) não sendo tão "bonito para a tv" como o allin... é secalhar muito mais importante).

O primeiro foi no 3º/4º nível onde faço top pair/top kicker com AQ e após bets/calls até ao river a board traz um suspeito flush, que me pareceu que era o que o jogador perseguia, e após pensar um pouco, foldo a uma bet dele alta e mostro a mão, ele mostra o flush, nice fold me. I'm happy.

O segundo foi bem mais interessante e dificil, e uma prova de como o jogador é tão mais importante do que as cartas e comprova o quanto é importante estar atento à mesa e aos jogadores, mesmo quando não participamos numa mão.

É um fold que nunca faria em condições normais ou contra a maioria dos jogadores... mas ali, após ter já uma boa perspectiva da mesa e da forma de jogar de alguns dos jogadores, senti que estava a fazer um bom fold com uns 85/95% de certeza por já ter uma boa visão da forma de jogar desta jogadora.
AQ de novo, e entro num pot raisado contra um adversário (adversária neste caso), flop Q45. Bom flop para mim, pelo menos assim parece.
Ora esta jogadora faz um bet pot ou pouco acima de 3/4 do pote... e por toda a análise do "histórico de mãos" que eu vinha fazendo desta jogadora até ali...
cheguei à conclusão que ali só podiam estar 2 pares ou trio. Dois pares está excluido, ela não entraria no raise com nenhum conjunto de duas daquelas cartas ponto. Quanto a trios, o trio de QQ para além de muito complicado pelo facto de já estar uma Q na mesa e outra na minha mão, penso que a acção preflop não seria igual, ela era bastante agressiva com mãos premium, portanto reduzi aquele range a duas mãos 44 ou 55. Decidi fazer o fold e não mostrar a mão, por muito que eu quisesse confirmar a mão dela, não queria fazer a mesa pensa que eu foldaria uma mão "tão boa" "facilmente"... por muito que eu tivesse uma certeza tão grande que a minha análise estava correcta. Uma coisa é certa, 99% das vezes aqui vou fazer raise ou call... mas neste contexto contra esta jogadora eu sabia que ela estava muito forte.

Felizmente, a jogadora decide mostrar a mão que tinha (pela segunda vez salvo erro a mesma mão), tinha mesmo trio de 444 com 44 na mão, e ai sim, causou um really great feeling on the inside daqueles que ninguém viu... nice read me... keep focused oversleep.

Continuando as blinds a subir, começam os M's a descer, e chegamos à minha última mão neste torneio, que é qualquer coisa entre o surreal, o absurdo e o paranormal.

Blinds 600/1200, tou com 12k aproximadamente e a precisar rapidamente de subir a stack estou na big blind 1200, tudo folda até ao button que me faz um mini-raise para 2400 (já disse que detesto mini-raises?).
Ora aqui tomo uma decisão ainda antes de ver as cartas, vou fazer uma move no pote, tenho grande certeza que o jogador está fraco, surgiu-lhe uma boa e legítima oportunidade para roubar blinds, foldou tudo até ele, faz um mini-raise... tenho uma fold equity muito boa, para ele fazer o call ao meu allin são mais 9k fichas aproximadamente e ele tem uma stack que rondava as 15/20k fichas... portanto era um call que lhe causava moça, para além disso esta move era sobre um pote que era um aumento de 4200 fichas à minha stack, sensivelmente 30%, that's huge.

O meu range ali para ele é enorme, o raise dele não significa nada dadas as condicionantes que falei.
Tomei então a decisão de fazer esta move com any two cards mesmo antes de ver as cartas.
Após olhar para as minhas cartas vejo um A8, mão média/fraca... mas certamente muito acima do range que o meu adversário tem para o caso de ser called, mas que é algo que não espero devido a toda a análise que fiz da mão.
Faço então o push allin na BB... o meu adversário pensa imenso, diz frases como "eu gosto muito desta mão", "tu vais-me bater se eu te ganhar com isto"...
etc etc... e toma a decisão de fazer o call.

Para meu espanto, e não sem antes pensar que acabei de errar... pensando que a minha análise foi incorrecta e ele tem uma boa mão, e até provavelmente uma mão dominadora da minha como um AJ ou A10...

ele finalmente diz "eu tenho que fazer o call" e mostra 75... sim, 75, repito 75 suited...
Para meu espanho e de toda a mesa este jogador fez call de mais 9k fichas e colocou 60% aproximadamente da stack em risco (para não dizer o torneio) a fazer um call a um allin com um 57.

Sim, eu sei, o que eu quero é que existam jogadores assim, a jogar assim... mas é caso para dizer... wtf???

Após o choque de ver esta barbaridade começo a pensar, apesar de a move não ter funcionado e ter recebido um dos calls mais horríveis que vi até hoje, sou favorito 62% contra 38% o que é uma equity razoável mas que não me deixa muito sossegado, e não sei porque, senti que a bad beat ia chegar à minha porta... e assim foi, 5 no flop ... e nada mais ajudou a mão favorita.

Fiquei deveras perturbado não com a bad beat em si, porque eu sei que é poker e é normal acontecerem... mas por ser eliminado por um jogador que faz uma jogada tão má, tão parva, tão horrível... tão absurda e sem explicação... e não encontro mais palavras para a descrever.
Foi a primeira vez que fiquei exaltado negativamente num torneio de poker e quem me conhece sabe o quanto isto é difícil, tão pacífico e sereno que sou.

Finalizando e esquecendo este triste momento de "poker"... tal como disse, estou de consciência tranquila, não alteraria nenhuma decisão que tomei durante o torneio, e quando assim é, sinto-me bem.

Parabéns Amial pelo ITM, parabéns Jay Jay por mais uma final table, admiro muito o teu jogo, grande solidez.
 
posted by oversleep at 23:50 | Permalink |


1 Comments:


  • At 18 de junho de 2007 às 13:52, Blogger Unknown

    pa... no comments!!!! pena nao ter ido ver o torneio pq eu batia mesmo no gaju :@ mas como dizem os meus colegas "It's poker" Abraxo e nada de te deixares abater...