<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d6422818757094739375\x26blogName\x3dOversleep+Poker+Blog\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://oversleeppoker.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://oversleeppoker.blogspot.com/\x26vt\x3d8283723510977398200', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Pensando poker
Joguei este fds torneio de qualificação para o Asian Pacific Poker Tour, torneio de 530$, com uma das entradas que tinha ganho durante a semana.

Esquecendo o final que tem tanto de absurdo como de injusto, onde sou eliminado após fazer check-raise allin com 88 numa board 752 a um jogador que me faz call a esse allin com 2 overcards apenas, A9off, obtendo no river um 9, a recompensa que não merecia pelo seu estúpido call.
Fiquei desta forma em 28º num torneio onde os 6 primeiros ganhariam o package para o torneio. GG me.

Ora este torneio, apesar do triste final, será definitivamemte para recordar, já que penso que até hoje foi um dos torneios onde melhor joguei desde sempre, sem dúvida, e já "encostei para o lado" a Hand History para posterior análise.
Para isso contribuiu certamente o facto de ser um torneio com uma excelente estrutura, bem deep, que privilegia definitivamente os bons jogadores e engrandece a importância da skill no poker.
Níveis de 30 minutos, 2500 fichas iniciais, começando no nível 10/20.

Esta estrutura permitiu que pudesse ser jogado true poker, permitiu que tirasse partido de um bom jogo pós-flop para outplay os meus adversários e acima de tudo permitiu que pudesse jogar o torneio baseado na dinâmica actual da mesa e na imagem que eu tinha a cada momento.

Consegui encontrar e criar desta forma imensas situações para steals, para re-steals, para re-raises, para 3 barrel bluffs e para um conjunto de movimentos vários sempre adaptados à mesa/momento do jogo.

Foi definitivamente para mim, o torneio perfeito... que terminou de uma forma inglória devido a um erro adversário.

Várias mãos neste torneio serão ponto de reflexão por mim... já que existiram várias que foram bastante interessantes.


Como exemplo da importância de conhecer a dinâmica da mesa e utilizar a imagem que os adversários tem de nós tenho por exemplo esta mão:

Mão: 33
Posição: UTG
Nível: 75/150

Numa altura em que a mesa estava com menos 1/2 jogadores decido fazer limp. Após o meu limp há mais 3 limps e ao chegar à Big Blind, o jogador faz um raise para aproximadamente 6 BBs, para 750/800 fichas...

Ora aqui tomei a decisão de aproveitar a imagem que tinha deixado umas mãos atrás e usá-la a meu favor, com uma percentagem de sucesso que eu sentia como alta, nesta situação.

Ora, umas mãos atrás eu tinha feito limp trap com KK... onde após um raise a mão acabou allin preflop e desta forma, foi visto pela mesa eu a fazer esta trap com monstro.

Sendo assim, e sabendo que a mesa ainda recordava essa informação sobre mim... e associando o movimento da BB a um range bem grande, no sentido que, roubar as bets destes limpers era bem "apetitoso", decidi representar o mesmo movimento, limp trap with monster, normalmente AA ou KK.

Fiz o shove em cima do jogador, que, após pensar bastante tempo faz fold. Mais tarde diz-me que foldou AK.
E levei este pote que, entre limpers e raise até ficou aceitável, para a dimensão da minha stack.

Penso que é um bom exemplo do que é utilizar a nossa imagem na mesa e jogar mediante a mesma, e esquecendo as nossas hole cards, que por vezes são perfeitamente insignificantes, e acima de tudo utilizar a informação que nos está disponível... mesmo quando a origem dessa informação somos nós mesmos.



Tenho jogado alguns outros torneios, mas actualmente numa fase muito experimental e de mutação do jogo, portanto onde os resultados não são o mais importante actualmente.




Para além disto continuo a minha fase de análise de estilos diferentes, personalidades diferentes, abordagens diferentes de distintos jogadores de torneios.
É interessante analisar como jogadores com estilos completamente distintos, por vezes até opostos, são ambos vencedores.
É interessante observar os pormenores, os pequenos detalhes que cada jogador tem, que cada estilo define.

Deixo aqui um pequeno exemplo de um "Grande pormenor".


Tenho visto mãos interessantes, grandes mãos... mas por vezes os pequenos pormenores são os que mais me fascinam.
Vi esta mão num video/hh do JohnnyBax e poderia perfeitamente passar despercebida a um olhar menos atento já que a sua aparente insignificância não nos capta a atenção, pelo menos na comparação com as grandes mãos, com allins, os reraises, os grandes folds ou os grandes calls.

Mas esta "pequena" mão chamou-me a atenção.

JohnnyBax está em Heads-Up de um torneio, double shootout com uma enorme chip lead para o adversário, chamemos-lhe o villan.

JohnnyBax: 11800 fichas BB
Villan: 1700 fichas Button/SB

Blinds 75/150

JohhnyBax tem J9h;
Villan completa a BB;
JohhnyBax faz check;

Pote: 300;

Flop: Ah 8s 2h

JohnnyBax tem um flush draw aqui e decide tentar um check-raise allin;
JohnnyBax faz check mas o villan faz check também;

Turn: Qd

Aqui JohnnyBax passa a ter outs para um gutshot straight draw em conjunto com o flush draw, 12 outs portanto;
JohnnyBax: Bet 300
Villan: Raise para 900

Ora aqui está o momento chave nesta "insignificante" mão...

O Villan fica apenas com 650 fichas atrás e neste momento o JohnnyBax não vai obviamente abandonar a mão...
e dessa forma:

JohhnyBax: Call 900

Ora, antes de ver esta mão, o que eu faria neste caso era fazer re-raise allin, shove no villan para ele meter as restantes 650 fichas, mas percebi que essa abordagem, apesar de "parecer" +/- standard... é errada nestas circunstâncias... isto porque o jogador está commited.

A explicação que o Bax dá para não fazer o shove e fazer o call é tão simples como brilhante na minha opinião... por tão insignificantemente óbvia que é.

Vamos pensar... o Villan, short, após ter feito o raise para grande parte da sua stack... deixando atrás apenas 650 gosta da sua mão certo? Ora, mesmo que não goste... ele está completamente commited, isto é, se nós fizermos shove, ele vai fazer call 100% das vezes... e, por outro lado, caso apenas façamos call, no river, obviamente 100% das vezes também ele vai colocar as 650 fichas restantes! Obviamente aqui, as coisas seriam diferentes se ele não estivesse commited!

Desta forma qual a vantagem que o JohnnyBax tem em fazer o allin no turn? Nenhuma, absolutamente nenhuma!

Faz apenas call sabendo que:

1 - Se um dos 12 outs sair irá certamente apostar as 650 fichas restantes do villan no river e será certamente a eliminação do villan;
2 - Se não sair é easy fold porque obviamente o villan está à frente;

Isto é, desta forma, nas vezes que não completa o flush ou straight poupa 650 fichas, e da mesma forma, não aumenta a stack do villan em mais 650 fichas... de forma desnecessária.

São pequenos pormenores como estes que fazem a diferença em grandes jogadores. Parece uma mão pequena, insignificante... mas um pequeno detalhe torna-a para mim um ponto de aprendizagem com verdadeira importância.


Para além disso a ideia base por detrás desta mão está associada a um pensamento que eu tenho relativamente às quantias apostadas em cada mão, em cada situação, pensamento com o qual finalizo este post:

É importante existir sempre uma razão para que cada ficha nossa entre na mesa, cada ficha, cada aposta deve ter um significado, um objectivo, uma meta a atingir... seja como value bet, seja para afastar um adversário, seja para obter informação, seja para subir o pote, etc...
Se ao fazermos uma determinada bet não sabemos bem o porque de a estarmos a fazer ou o que queremos atingir com ela, então essa não é uma boa bet garantidamente.

;)
 
posted by oversleep at 01:11 | Permalink |


1 Comments:


  • At 11 de julho de 2007 às 15:22, Blogger Tripas

    Mais um post muito interessante, como ja vem a ser habito.

    Acho esses movimentos (como o 33) muito importantes, quando correm mal sentimo-nos um bocado estupidos e pensamos que podiamos ter evitado o move (pelo menos eu penso)mas quando aplicados na situaçao certa e resultam dao aquele boost necessario de chips :)

    Abraço e keep the good work